D. Pedro IV

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quinta-feira, dezembro 21, 2006

Figura do Mês de Dezembro (pistas de uma guilhotina muito cortante)


Vamos então à nossa figura do mês de Dezembro:

v Foi rei, mas não era filho de rei.

v Teve oito filhos, três dos quais reinaram.

v Era alentejano, mas também era transmontano.

v Uma filha sua gostava de chá e tem um bairro em Nova Iorque.

v Reinou sem coroa.

v Foi contemporâneo dos Três Mosqueteiros.

v Chegou a Lisboa a 6 de Dezembro.

v Lutou contra o país de origem de sua mulher.

v Hoje “descansa” em S. Vicente de Fora

terça-feira, dezembro 12, 2006

Uma distracção imperdoável



Em 1913, um ano antes de ser declarada a Primeira Guerra Mundial, os Ingleses estavam com um problema. Tinham quantidades enormes do mineral Tungsténio (também conhecido por volfrâmio) que, pensavam eles na altura, não tinha absolutamente utilidade nenhuma. Ora os Alemães, conhecendo já as qualidades deste mineral, ofereceram-se muito gentilmente para comprar este grande “desperdício”. Os Ingleses, pensando que estavam a fazer o negócio da vida deles, aceitaram de bom grado a oferta alemã. Até que... veio a guerra e lhes mostrou a verdade sobre o Tungsténio: o mineral que tornava as armas dos seus antagónicos rivais tão fortes e resistentes era aquele que em tempos tinha sido extraído das suas próprias minas na Cornualha e considerado um “desperdício”.
Moral da História: Ficou como lição para as gerações seguintes que o conhecimento científico é uma arma muito mais poderosa do que o mais potente dos canhões.


Curiosidade da autoria de Ricardo Correia, 9ºA

Em latim


O salário
O termo tem origem no latim salarium argentum, "pagamento em sal" – forma primária de pagamento oferecida aos soldados romanos.
O calendário
A palavra vem do latim calandae, primeiro dia do mês romano, dia em que as contas eram pagas.

Curiosidade da autoria de Bernardo Capelo e Luís Constantino, 9ºE.

Com as calças na mão, ou dar às de Vila Diogo...


Aos Judeus de Villadiego foi concedido, pelo rei Fernando III da Castela, o direito de não serem perseguidos. Havia, no entanto, uma contrapartida: tinham que usar calças ( os castelhanos usavam calção), calças essas que nunca abandonavam, para garantirem os seus privilégios.
Os Judeus de Burgos ou de Toledo não tinham tais privilégios e, logo que perseguidos, abandonavam tudo o que tinham e fugiam para Villadiego. Nesta localidade, ofereciam-lhes umas calças para escaparem aos perseguidores, mas com um preço: eram forçados a pagar um tributo aos Judeus locais. Em suma, tinham que continuar com as calças na mão para o resto da vida. Daqui vem também a expressão que se utiliza em Espanha e em algumas regiões portuguesas junto à fronteira espanhola:"dar às de Villadiego (ou Vila Diogo)", ou seja, fugir.
Curiosidade da autoria de Elton Andrade, 9ºE

sábado, dezembro 02, 2006

Vento dos deuses



No dia 25 de Outubro, pela manhã, no ano de 1944, os Marinheiros da primeira frota armada americana, com base nas Filipinas, avistaram seis caças japoneses, que se aproximavam cada vez mais. Imediatamente abriram fogo. Dois deles foram logo abatidos, ou outros, esquivando-se aos projécteis, conseguiram (pelo menos um deles) despenhar-se no convés do porta-aviões. Morreram neste ataque 31 marinheiros e ficaram feridos 82. Eram assim apresentados ao mundo os Kamikazes.
Mas o que significa este nome?
No ano de 1281, o imperador mongol Kublai Khan havia lançado poderosa expedição contra o Japão, que se recusava a pagar-lhe tributos. Uma forte armada de mais de 3 mil navios desembarcou 160 mil conquistadores mongóis, chineses e coreanos nas ilhotas de Takashima e Hirado. Os defensores estavam em deplorável situação quando, em Agosto, um terrível tufão dispersou e afundou a esquadra mongol. Essa "intervenção" que salvou o Japão ficou na memória colectiva como "o vento dos deuses" - Kamikaze.
Na sequência dos ataques Kamikazes, no total, morreram 4837 japoneses.

Curiosidade da autoria de Rafael Neves, n.º 15, 9ºA

quarta-feira, novembro 29, 2006

O porto de Cartago



Sabias que...

Os Fenícios fundaram o lendário porto de Cartago na
costa da Argélia actual?

Trabalho feito por Helder Spínola, nº 10, 5º ano, Turma D

domingo, novembro 26, 2006

Boa Semana

Diz o Diogo Veiga, nº 9 do 6º I, que aproveita para nos informar que a palavra "semana" tem a sua origem no latim "septmana", que quer dizer "sete manhãs".

A informação foi retirada de:http://www.junior.te.pt/servlets/Rua?P=Sabias&ID=1785

sexta-feira, novembro 24, 2006

Sabias que...?



... Conta a lenda que, numa noite de muitos afazeres, Napoleão Bonaparte simplesmente se esqueceu do jantar, para desespero dos seus cozinheiros. Com medo de desagradar o alto comandante, 23 frangos foram colocados sucessivamente no espeto, ressaltando a preocupação da equipa de cozinha em levar o animal quente para a mesa.

Trabalho realizado por Patrícia Bento, 6H

Fósforos


"O Museu dos Fósforos representa a maior colecção filuminística da Europa, colecção essa iniciada em 1953 pelas mãos de Aquiles de Mota Lima, reconhecido cidadão Tomarense, que se destacou em actividades culturais de grande mérito.Esta colecção, viu o seu início na viagem de navio que Aquiles de Mota Lima realizou para Londres, onde iria assistir à coroação da Rainha Isabel II e onde travou conhecimento com uma coleccionadora americana de caixas de fósforos.Desde essa altura, foi um multiplicar de caixas que actualmente rondam as 43 mil, representando 122 países, quadros de pintores famosos, instrumentos musicais, filmes, vedetas, jóias e pedras preciosas, mitos e lendas. Portugal como não poderia deixar de ser também se encontra representado desde os primeiros "amorfos".Actualmente esta riquíssima colecção é pertença da Câmara Municipal de Tomar, uma vez que em 1980, foi doada pelo coleccionador e instalada no Convento de São Francisco."
Texto e imagens retirados de:

terça-feira, novembro 07, 2006

Princípe de Gales


Príncipe de Gales é o título do herdeiro do trono de Inglaterra, desde os finais do século XIII. Eduardo I encontrava-se em território de Gales, acompanhado por sua mulher, a rainha Leonor, que deu à luz um menino.
Decorria o ano de 1284. Eduardo I tinha inflingido pesadas derrotas aos Galeses e convocou os principais chefes do território para a grande sala do castelo, onde lhes iria expor as suas condições de vencedor.
Os chefes vencidos apresentaram-se descobertos e sem armas, aceitaram o domínio da Inglaterra e prestaram homenagem ao rei. Como este os recebera com benevolência, atreveram-se a apresentar-lhe uma petição: queriam ter para chefe um príncipe nascido no seu território e que não falasse nem francês nem inglês, pois nenhuma destas línguas era acessível ao povo do país de Gales. Eduardo I, apesar de vencedor, quis satisfazer o desejo dos vencidos e fez-lhes as seguintes perguntas:
- Se eu aceitar a vossa petição, prometeis obediência ao príncipe escolhido nessas condições?
-Prometemos!
-Estais, desde já, dispostos a prestar vassalagem a esse suserano?
-Sim, desde que satisfaça as condições propostas.
Eduardo retirou-se por uns instantes, foi buscar o seu filho de poucos dias e apresentou-o aos galeses, dizendo:
-Aqui tendes o vosso príncipe.
-Como? Mas este é o vosso filho!
-É um príncipe nascido em território galês, que não fala inglês nem francês. Em harmonia com as condições apresentadas, este príncipe aguarda as vossas homenagens!
Os chefes galeses não tiveram outro remédio senão concordar e, um por um, beijaram a.mão do principezinho.
O futuro Eduardo II foi o primeiro Príncipe de Gales e este título tem-se mantido ao longo dos séculos!

Curiosidade da autoria de Edina Gomes, 9ºE

Napoleão e os frangos


Napoleão Bonaparte era, em termos alimentares, um modelo de sobriedade, bem longe do perfil megalómano que lhe é reconhecido em termos de conquistas militares. Na composição das suas ementas diárias não havia muito maior refinamento do que nas de um simples soldado. Despachava as refeições com um rigor militar, não excedendo 15 minutos para cada uma. Somente ao domingo, quando estava com a família, se prestava a uma refeição um pouco mais prolongada.

De tal forma vivia alheio aos prazeres da mesa que, certa vez, ter-se-á esquecido do jantar, de tal forma estava empenhado nos seus afazeres. Os moços de cozinha do palácio, esmerados no seu serviço, foram colocando sucessivamente no espeto 23 frangos, preocupados com estavam em servir comida quente ao seu Imperador!


Curiosidade da autoria de Carlos Fonseca, 9ºE


sábado, outubro 28, 2006

A Primeira Viagem de Comboio em Portugal


Foi há 150 anos que circulou o primeiro comboio em Portugal (28 de Outubro de 1856). Uma viagem pequena, de cerca de 37 quilómetros entre Lisboa e o Carregado. Foi também uma viagem atribulada, pelo menos a crer no relato que dela nos dá a Marquesa de Rio Maior.
Ao que parece, a máquina não tinha força para puxar todas as carruagens que lhe atrelaram e... largou algumas delas pelo caminho. Muitos convidados não terão chegado ao local da festa e tiverem de ser recolhidos em vários pontos do caminho.
Contudo, há poucas certezas sobre os factos desse dia: seriam uma ou duas locomotivas (a Portugal e a Coimbra)? Foram 14, 15, 16 ou 17 carruagens?
Sobre essa viagem e sobre comboios em Portugal pode-se saber mais aqui:
A Refer irá distribuir um livro aos alunos do 1º ciclo para comemorar este acontecimento.Pode encontrá-lo neste endereço:
Imagem retirada de:
Nunes, Edite Correia, Dias, Maria Judite, Acção e Aventura-História e Geografia de Portugal 6º Ano, Texto Editores

quarta-feira, outubro 18, 2006

Pontos fracos


Calcanhar de Aquiles

É uma das mais populares metáforas sobre a fragilidade humana!

Tétis, uma divindade grega ligada ao mar, segurou o seu filho Aquiles pelo calcanhar para o mergulhar num rio egípcio, tornando-o assim invencível. Queria contrariar um oráculo que dizia que o seu filho morreria na guerra de Tróia, durante uma batalha. No entanto, Páris (filho do rei de Tróia), lançou-lhe uma flecha no seu único ponto vulnerável: o calcanhar (que não tinha sido banhado no rio por sua mãe), e Aquiles morreu.
A partir daí, a expressão calcanhar-de-Aquiles indica o ponto fraco de uma pessoa.


Curiosidade enviada por Inês Talefe, 9ºA

Touradas...a bordo!



"Por muito estranho que pareça,organizavam-se touradas a bordo...mas sem touros!Um dos homens fazia o papel de touro e os outros agitavam à sua frente pedaços de pano a fingir de capa".

O André refere-se à época dos Descobrimentos portugueses, claro!

http://nonio.eses.pt/gama/
Pesquisado por:André de Carvalho Lameirinhas, nº 3 , 6º H

sábado, outubro 14, 2006

domingo, setembro 24, 2006

Aplausos


A Origem do Aplauso

O acto de bater palmas das mãos em sinal de aprovação, tem origem desconhecida, mas existe há pelo menos 3.000 anos.
Nessa época, o gesto era essencialmente religioso, popularizado em rituais pagãos de diversos povos como um barulho destinado a chamar a atenção dos deuses, geralmente nos teatros.
No teatro clássico grego, tornou-se, então, a forma pela qual os artistas pediam à plateia que invocasse os espíritos protectores das artes.
O costume chegou ao Império Romano, onde passou a ser comum nos discursos políticos. O Imperador Nero, preocupado com a repercussão de suas aparições públicas, carregava uma claque com mais de 5 mil soldados e cavaleiros só para o aplaudirem! Dali, o costume espalhou-se para o resto do mundo e nos séculos XVIII e XIX, quase todos os teatros de Paris contratavam pessoas que tinham uma única função na plateia e essa função era simplesmente: APLAUDIR.

Curiosidade enviada por Joana Morcela, 9ºA
Fonte: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20060905040854AA9gFNc

quinta-feira, junho 22, 2006

Pedro Nunes (cont. 1)

"Clique" na imagem para aumentar.





Pedro Nunes

Trabalho elaborado para a disciplina de Matemática pela viajante no tempo, curiosa incansável e excelente aluna, Adriana Dias, nº 1 do 6ºC.
Uma história desenhada com saber e o sabor de aprender.






























quinta-feira, maio 25, 2006

Costumes “ insólitos”?
Talvez para nós, hoje…
Judicum feretri, judicum cruentationis
Ou ,mais vulgarmente, “ prova do círculo”.

Ainda o sangue… O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigénio e nutrientes a todos os órgãos. Apesar da evolução científica, somente o homem pode fabricá-lo. Ele constituiu-se como elemento fundamental das representações ao longo de toda a História.

(Na Idade Média) ” …reconhecia-se em geral a força punitiva do sangue e sua efusão podia vir a ser admitida como prova em determinados processos. Tal prática consistia na exposição pública do acusado diante do cadáver da vítima, dentro de um círculo: se algum sangue escorresse do cadáver após ter sido tocado pelo acusado a manifestação era considerada indício de culpa. Tratava-se pois, de uma exemplo de “ justiça imanente” pela qual a vontade divina estabelecia a verdade e o direito. Esta concepção orientava a realização das provas por “ juízos de Deus” conhecidas pelo nome genérico de ordálias vigentes oficialmente até ao século XIII e subsistentes até pelo menos o século XVII (PLATELLE, 1974; BARTHÉLEMY, 1988; GRIPPARI, 1987).”
In
http://www.brathair.com/Revista/N6/sangue_arturiano.pdf
Outros " Juízos de Deus" eram vulgarmente utilizados para fazerem prova de inocência ou culpabilidade do acusado, como a prova da água ou a prova do fogo (ver figura). Consistiam em expor-se o corpo do acusado a um daqueles elementos o tempo geralmente tido como suficiente para lhe causar a morte. Se sobrevivesse era inocente, claro!...

terça-feira, maio 09, 2006

"Sangue azul"



Na Idade Média, blasfemar era um pecado mortal e, os camponeses, jamais se arriscavam a nele incorrer. Os senhores feudais, porém, costumavam fazê-lo sem o menor escrúpulo, até ao dia em que certo jesuíta, favorito do rei, lhes proibiu empregar o nome de Deus em suas blasfémias predilectas. Eles contornavam essa dificuldade substituindo “Deus” por “Azul”.
E , assim, essas imprecações foram-se modificando:

Par la mort de Dieu (pela morte de Deus) passou a ser Morbleu;Sacré Dieu (Santo Deus) passou a ser Sacrebleu;Par le sang de Dieu (Pelo sangue de Deus), Palsembleu, etc...


A criadagem, que ouvia essas imprecações, retinha apenas o final, ou seja, Sang Bleu, sangue azul. O uso dessa blasfémia era privilégio da nobreza. Então, para distinguir um nobre de um plebeu, os criados costumavam dizer: "Esse é um sangue-azul!".
http://www.imasters.com.br/artigo/3361
(esta informação foi integralmente transcrita do site transcrito, tendo sido apenas feitas algumas correcções gramaticais, ortográficas e sintácticas). Poderemos então sintetizar que “ sangue azul” se tornou sinal de nobreza e de privilégio. Vide foto que ilustra bem essa situação de “ favorecido”… O camponês como “animal de carga” para nobres e religiosos, mantêm-se ainda no século XIX e grande parte do século XX….
Doença azul ou sangue azul tem também a ver com uma situação clínica em que o indivíduo revela, numa parte do corpo, veias de coloração azul, devido à fraca oxigenação dessa zona. Parece ser também uma expressão popular.
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php

sexta-feira, abril 28, 2006

Os blogs e as suas razões

Por que razões fazemos este blog?

1) Porque somos muito curiosos;
2) Porque queremos que os alunos sejam ainda mais curiosos;
3) Porque somos de história;
4) Porque somos professores;
5) Porque gostamos "à brava" de ser professores, apesar de...;
6) Porque nos divertimos bastante;
7) Porque somos convencidos e achamos sempre que temos coisas para dizer;
8) Porque gostamos que os alunos gostem de história;
9) Porque gostamos de contar histórias;
10) Porque sabemos de informática o suficiente para perceber a instrução "Publicar postagem";
11) Porque conhecer o que se passou no passado é essencial para compreender o presente;
12) Porque gostamos de fazer coisas novas;
13) Porque este é mais um espaço para os alunos "verem" os seus trabalhos;
14) Porque o Conselho Executivo não proibiu e o Ministério também não;
15) Porque o Conselho Executivo apadrinhou o "passadocurioso";
16) Porque, se calhar, o Conselho Executivo é tão curioso como nós;
17) Porque a "Guilhotina" corta as cabeças a direito (e nós não gostamos de coisas tortas) e lança ideias a torto e a direito;
18) Porque a"BloodyMary" tem muitas histórias sangrentas para contar;
19 Porque o Raspoutine é tão místico que guarda as coisas giras que sabe só para si;
20) Porque que temos uma rainha e mãe e é de aproveitar tanta nobreza;
21) Porque o Espada Xim tem a espada romba, mas a língua afiada e a barba aparada;
22) Porque a gente gosta do passado, e pronto!






























terça-feira, abril 25, 2006

25 de Abril de 1974


No dia 25 de Abril de 1974, uma revolução pôs fim a 48 anos de ditadura em Portugal.
A rádio transmitiu duas canções que serviram como sinal para que os militares tivessem a certeza que podiam desencadear as operações militares. Eram as senhas para o início da revolução dos cravos!


E Depois do Adeus

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

José Niza


Grândola Vila Morena

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

Zeca Afonso

quarta-feira, abril 19, 2006

Massacre de Judeus em Lisboa



Transcrição:
“Da Contenda Cristã, que Recentemente Teve Lugar em Lisboa, Capital de Portugal, Entre Cristãos e Cristãos-Novos ou Judeus, Por Causa do Deus Crucificado”.
Panfleto anónimo, com apenas seis folhas, impresso na Alemanha (presumivelmente poucos meses depois do massacre de Lisboa). O “progrom” de 1506 contra os judeus de Lisboa é descrito em detalhe e as matanças contadas ao pormenor por uma testemunha ocular. A gravura do frontispício mostra os corpos mutilados e envoltos em chamas de dois judeus portugueses, dois irmãos, os primeiros a morrer num massacre que vitimou mais de 4 mil pessoas.(A gravura original encontra-se na Houghton Library, na Universidade de Harvard).

No "pogrom" de Lisboa de 19 de Abril de 1506, durante o reinado do Rei Manuel I de Portugal, um "cristão-novo" (judeu obrigado a converter-se ao catolicismo sob pena de morte) expressa as suas dúvidas sobre as visões milagrosas na Igreja de S. Domingos em Lisboa. Como consequência, cerca de 4000 judeus, homens, mulheres e crianças, foram massacrados pela população católica, incitados por frades dominicanos. Os judeus foram acusados entre outros "males", de deicídio e de serem a causa da profunda seca que assolava o país. A matança durou três dias.

(
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Lisboa)

Até onde pode levar o fanatismo e a intolerância religiosa!…Uma das descrições da matança foi feita pelo cronista Garcia de Resende na “Miscelânea”:

"Vi que em Lisboa se alçaram/povo baixo e vilãos/contra os novos cristãos/mais de quatro mil mataram/dos que houveram nas mãos. /Uns deles vivos queimaram, /meninos despedaçaram, /fizeram grandes cruezas, /grandes roubos e vilezas, /em todos quanto acharam".

e ainda...
“..a uns quatro mil deles passaram-nos a golpe de espada e colocaram a mão nos despojos; violaram as suas meninas e donzelas e as suas mulheres…uma mulher matou um dos monges que a tentou violar, com o instrumento que levava na mão.”
in: Yosef Ha-Kohen, El valle del LLanto.
Informação do Jornal O Público,em 16 de Abril de 2006
E ainda...
Ligação gentilmente cedida por Espada Xim sobre o tema:



quinta-feira, abril 13, 2006

Porque "pictura est laicorum literatura", aqui fica o resto da ilustração da época

Descida da Cruz
Ressurreição
Ascensão
A expressão é de Umberto Eco em o Nome da Rosa.
As pinturas são de António Nogueira, século XVI e estão no Museu Regional de Beja

quarta-feira, abril 12, 2006

Crucifixação e flagelação


A crucifixação era um castigo muito utilizado pelos romanos, na antiguidade.
Jesus Cristo parece ter sido uma das suas vítimas , por perturbar a ordem pública e política.
A Páscoa, no Cristianismo, celebra a ressurreição de Cristo, após a sua morte na cruz.

Antes da crucifixação, era uso praticar a flagelação para enfraquecer o condenado. As pontas do látego ( espécie de chicote com duas ou mais tiras em pele ) podiam ser de chumbo ou ossos de carneiro.Horácio diz, "sectum flageIlis. . . prae­conis ad fastidium - dilacerado pelos açoites. .. até enfas­tiar o carrasco".

As dores eram, certamente, horríveis. Aqui vai a explicação científica das reacções do corpo ao suplício:

"O crucificado acabava morrendo por asfixia. O peso do corpo, pendente dos braços esticados para cima, provocava cãibras terríveis que se espalhavam por todo o corpo. Cãibras que afectam os músculos que permitem a inspiração: os pulmões enchem-se de ar, mas não conseguem expirar. Com isso a oxigenação do sangue começa a entrar em colapso. O condenado podia recuperar a respiração durante algum tempo firmando-se nos pés para erguer o corpo. Os pés estavam amarrados ou pregados, e por isso não era possível apoiar-se sobre eles por muito tempo. Faltando o apoio, o corpo novamente pesava sobre os braços e recomeçava o sufocamento. Para interromper o ciclo e apressar a morte bastava quebrar as pernas do condenado."
Para saber mais:
http://www.psleo.com.br/b_paixao_cristo.htm

domingo, abril 02, 2006

O Assador (revisitado)

O assador faz parte de uma pintura do início do século XVI ( O Inferno) e pode ser visto aqui:



Ver e saber mais em: http://www.uc.pt/artes/6spp/

sexta-feira, março 31, 2006

O monumento do post de 25/3...


também já foi representado assim:



Outros tempos!



Hoje está com óptimo aspecto
numa cidade que é património mundial!