D. Pedro IV

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sexta-feira, março 31, 2006

O monumento do post de 25/3...


também já foi representado assim:



Outros tempos!



Hoje está com óptimo aspecto
numa cidade que é património mundial!


Dá-me a honra de uma dança?


Menina ou senhora que se prezasse nunca deixava de se fazer acompanhar do seu "carnet" nos bailes românticos do séc. XIX. Nele anotava de forma ordenada o nome dos cavalheiros que lhe pediam a honra de uma dança. E alterar a ordem de inscrição era considerado uma ofensa grave para aquele que era ultrapassado.
O "carnet" de baile era uma espécie de caderninho com uma lapiseira e uma corrente que o prendia ao pulso. Os mais luxuosos tinham capa de ouro ou prata decorada com diamantes e rubis. (Uma boa sugestão para o Dia da Mãe. Não acham?)

terça-feira, março 28, 2006

Que têm em comum o Galo de Barcelos, o Decepado e Uma Tourada Em Salvaterra de Magos no Século XVIII????


Pois é!! Em comum têm o facto de serem histórias que os nossos Contadores de Histórias contaram hoje, na final do concurso.

Eram sete os finalistas:
Bernardo de Sousa, do 6ºE (Marquês de Pombal) ;
Pedro Jacinto, do 6ºC (D. Sebastião);
Daniela Correia e Tânia Cabral do 6º J (Marquês de Pombal);
Rui Antunes, do 5ºN (O Decepado);
Andreia Ventura, do 6ºL (O Galo de Barcelos);
Ricardo Nunes do 6º G (Corrida de Touros em Salvaterra de Magos, no século XVIII).

Os vencedores foram:
Ricardo Nunes - 1º lugar;
Andreia Ventura - 2º lugar;
Rui Antunes - 3º lugar.

Os nossos parabéns aos vencedores, aos finalistas e a todos os alunos que participaram no nosso "Contador de Histórias da História".

Um agradecimento também aos alunos que integraram o júri.


Imagens deste post em:

http://www.ribatejo.com/hp/

http://www.arqnet.pt/portal/imagemsemanal/marco0401.html

segunda-feira, março 27, 2006

A mania dos óculos (bem à portuguesa e muito actual)

Em Portugal era moda, no século XVIII, usar-se óculos. Havia-os para todos os gostos. (Tal como agora.) Os mais vulgares eram os chamados "Óculos de mocho" - redondos, com aros de búfalo, prata ou ouro (hoje chamar-se-iam óculos de Harry Potter) -, muito usados pelos frades e professores. Também havia os óculos de um vidro só e punho dourado, utilizados como adorno pelos elegantes para lhes dar um ar de distinção e sabedoria (só ar!).
Os estrangeiros, ridicularizando a mania dos óculos em Portugal, costumavam dizer:
- Usa óculos? É português, com certeza...

A praga dos acidentes

No nosso país, o primeiro acidente de carro deu-se em 1895. (Terá sido causado pela velocidade ou pela falta de civismo dos condutores?)
O episódio ficou documentado nos jornais que na época se publicavam em Setúbal. A edição de 20 de Outubro de 1895 do semanário "O Distrito" dava a sua versão dos acontecimentos. "Esteve na terça-feira nesta cidade o novo carro Panhard-Levasseur movido a petróleo. Vinham no referido carro o seu proprietário, senhor conde de Avilez e um engenheiro francês, segundo nos consta. Veio numa hora do Barreiro a Setúbal por Palmela, onde foi enganado no trajecto a seguir, tendo de descer a calçada de Palmela, que é muito íngreme. O carro, ao chegar ao fim da calçada, involuntariamente, atropelou um burro, molestando-o levemente."
Após o acidenete, de acordo com o relato do jornal, "diversos sujeitos fizeram com que o senhor conde de Avilez depositasse quarenta mil réis, senão não o deixariam seguir".

in Jornal de Notícias, 15/10/2005

domingo, março 26, 2006

Invasões Francesas - Diário de Joaninha (1810-1811 - O Final)


Página do diário de Joaninha, aliás Adriana Maia Dias, do 6ºC. Trabalho realizado para a disciplina de História e Geografia de Portugal.
Professora - Fátima Melo.

Invasões Francesas - Diário de Joaninha (1810)


Página do diário de Joaninha que viveu há 200 anos e hoje tem os seus escritos patrióticos publicados numa escola perto de si...

sábado, março 25, 2006

De lenço na cabeça


Certamente toda a gente já viu as senhoras mais velhas usarem um lenço a tapar a cabeça. Pois bem, esta tradição remonta à época de D. João VI. Quando ele e a sua mulher, D. Carlota Joaquina, fugiram para o Brasil, o barco sofreu uma praga de piolhos, o que obrigou a futura rainha a rapar o cabelo.
Mas como princesa que se preze não podia andar de cabelo rapado, D. Carlota Joaquina passou a usar lenços a cobrir-lhe a cabeça, tendo desembarcado assim no Brasil, o que causou grande estranheza aos habitantes daquele território.
Foi assim que nasceu a moda do lenço na cabeça.

Esta curiosidade foi contada pelo guia dos Serviços Educativos do Palácio/Convento de Mafra, durante a visita de estudo do 8ºA e do 8ºB, no dia 17 de Março.

Curiosidade da autoria de Maria João Tavares, 8ºA

Assador



Em que quadro português este assador de sardinhas (objecto útil e extremamente valioso) foi utilizado com fins muito pouco gastronómicos?

Bom apetite, se conseguirem...


Na minha terra, este fim de semana é dedicado aos doces conventuais, por isso lembrei-me de uma receita muito apetitosa ( ou então não...), tirada do " Livro de Receitas da Infanta D. Maria"(século XVI):

Deytem-se em hum tacho sette arratens de açucar de pedra cõ o çumo de seys limões; bata-se muyto bem até que fique em bom ponto; botem-lhe hum cruzado de pós de aljofar, hum cruzado de pós de coral, hum cruzado de pós de ouro, seys tostões de almiscar & doze tostões de ambar & de pedra vazar o que quiserem: como tudo isto estiver bem batido, deitem-no em humas tigellas.

Aljofar - flor rasteira que se desfaz em água e cujas sementes se parecem com pérolas.
Almiscar- substância odorífera amarga e amarela, que se extrai de uma glândula existente no ventre do boi almiscarado.
Ambar- Fruta da India, que se põe em conserva para abrir o apetite.
Pedra vazar ou bezoar- cálculos formados no interior do estômago de certos quadrúpedes, considerados com poderes curativos.
Arratél - 456 gramas.
Cruzado - 400 reís.

Que monumento é este? Onde está? É nosso? Será?


Mas que monumento é este? Um castelo? Uma igreja? Uma casa de alguém importante? Onde é que ele se encontra? É de cá?

Resposta em imagem, brevemente no "passadocurioso"!

quinta-feira, março 23, 2006

Invasões Francesas - Diário de Joaninha (1809)


Página do diário de Joaninha que, antes de ser aluna desta escola, assistiu a um dos episódios marcantes da História Contemporânea de Portugal.

quarta-feira, março 22, 2006

Beco do Chão Salgado



Em Setembro de 1758, D. José I foi vítima de um atentado, quando regressava secretamente à real barraca da Ajuda, vindo de uma real escapadela nocturna. Era o tempo do Marquês de Pombal que aproveitou a oportunidade para reforçar o seu poder e o do rei. Dois homens foram presos e acusados do acto. Sob tortura terão indicado a família Távora como responsável de conspirar para pôr o Duque de Aveiro, D. José de Mascarenhas, no trono de Portugal. Presos os supostos conspiradores, alguns deles seriam executados, em Belém, no dia 13 de Janeiro de 1759, de uma forma extremamente violenta e brutal. Entre os executados encontrava-se o Duque de Aveiro.
Os títulos de Marquês de Távora e de Duque de Aveiro foram extintos e o palácio deste demolido. O terreno onde se erguia a construção foi salgado para que ali nada nascesse ou crescesse. No local foi construída uma coluna cilíndrica, com cinco aneis que rpresentam os cinco membros da família dos Duques de Aveiro implicados na conspiração. Na sua base encontra-se a seguinte inscrição:

"AQUI FORAM ARRASADAS E SALGADAS AS CASAS DE JOSÉ MASCARENHAS, EXAUTORADO DAS HONRAS DE DUQUE DE AVEIRO E OUTRAS CONDEMNADO POR SENTENÇA PROFERIDA NA SUPREMA JUNCTA DE INCONFIDÊNCIA EM 12 DE JANEIRO DE 1759 . JUSTIÇADO COMO UM DOS CHEFES DO BÁRBARO E EXECRANDO DESACATO QUE NA NOITE DE 3 DE SETEMBRO DE 1758 SE HAVIA COMETIDO CONTRA A REAL E SAGRADA PESSOA DE D. JOSÉ I. NESTE TERRENO INFÂME SE NÃO PODERÁ EDIFICAR EM TEMPO ALGUM".


As cinzas dos executados foram deitadas ao Tejo, no local onde começa o Mar Salgado, mas a proibição de construir que se encontrava expressa na base da coluna caiu no esquecimento... Hoje, o "monumento" encontra-se rodeado de casas e escondido num beco de Belém: O Beco do Chão Salgado!

Saber mais em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Duque_de_Aveiro
http://www.arqnet.pt/portal/imagemsemanal/index.html
http://historiaaberta.com.sapo.pt/lib/loc007.htm

Invasões Francesas - Diário de Joaninha (1808)


Página do diário de Joaninha que quis embarcar para o Brasil, mas por aqui ficou a assistir aos desmandos dos invasores.

Rasgado, despedaçado, os olhos em fogo...

Hoje foi dia do Concurso “O melhor contador de histórias da História”, na Escola D. Pedro IV - Queluz . Um dos alunos contou a lenda do decepado. ( Poderás também ouvir contá-la por ocasião das comemorações do Dia do Patrono, a 28 de Abril, na sala dos Contadores de histórias da História, se pertenceres à comunidade educativa da Escola ou se tiveres autorização do Conselho Executivo para poderes entrar...)
Na visita de estudo que fizemos recentemente ao Palácio da Pena, em Sintra, um dos guias mostrou-nos um quadro que lá está exposto, e que representa o decepado, em plena batalha. Ele disse aos alunos que significava o máximo do amor à pátria, não só de portugueses, mas de todos os povos!
Hoje vi, no Portal da História, que a imagem da semana é a do decepado, ilustrado num cromo (no sentido literal, entenda-se…) de uma “colecção de 204 cromos representativos dos feitos e acontecimentos mais notáveis desde os antecedentes da fundação até aos tempos actuais”.
O texto que acompanhava o cromo era o seguinte:
«No reinado de D. Afonso V feriu-se a batalha de Toro, entre Portugueses e Castelhanos. O nosso rei julgava-se com direito à coroa de Castela, pelo seu noivado com a filha de Henrique IV. Os Castelhanos venceram os Portugueses, numa luta renhida, em que se distinguiu D. Duarte de Almeida, que só largou a bandeira quando lhe deceparam os dois braços».
A batalha de Toro travou-se em 1476.
http://www.arqnet.pt/portal/imagemsemanal/marco0401.html

e ainda…
parece que Duarte de Almeida, mesmo depois das duas mãos decepadas, ainda agarrou, com os dentes, o estandarte real!!!
Lê a história em:
http://www.arqnet.pt/dicionario/almeidaduarte2.html

terça-feira, março 21, 2006

Invasões Francesas - Diário de Joaninha ( 1807, um bocadinho mais tarde)


Página de diário antigo encontrada em Queluz por uma aluna de nome Adriana.

domingo, março 19, 2006

Invasões Francesas - Diário de Joaninha ( 1807)



Página de diário de uma rapariga revoltada com as invasões que 200 anos depois se inscreveu na nossa escola

sábado, março 18, 2006

Invasões Francesas - Diário de Joaninha ( Ainda O Início)



Página de diário de uma tal "Joaninha" que se hoje fosse aluna se chamaria Adriana Dias e seria do 6º C.

Invasões Francesas - Diário de Joaninha (O Início)



Página de diário da autoria de "Joaninha", hoje também conhecida como Adriana Maia Dias. Diz que é do 6º C!

Não Perca!!! Brevemente Neste Blog... O Diário de Joaninha


Página de diário da autoria de Adriana Maia, do 6º C, conhecida como "Joaninha" desde há 200 anos.

sexta-feira, março 17, 2006

Sangue fresco e tripas...para morcelas!



Não, não é nenhuma história de " faca e alguidar"...
Será que esta expressão vem da matança do porco em que se punha fim à vidinha do dito e se aparava o sangue do mesmo naquele recipiente? E moira? Porque é preta como a moirama?
Os nossos alunos dirão: " sangue...que nojo!"
Pois sim...mas é uma iguaria apreciada por muitos consumidores de petiscos!
Nos tempos em que não havia frigorificos para conservar os alimentos e era necessário aproveitar todas as partes do porquinho da matança, até o sangue do bicho era - e ainda hoje é - aproveitado. Morcelas de cebola são uma variante, mas há também as morcelas de arroz, típicas da Estremadura.
O sangue fresco do porco é temperado com sal e pimenta, e diluído com vinagre e vinho tinto.Junta-se carne entremeada de porco, cortada em pedaços miúdos, alho, cebola, salsa, cominhos e cravinhos e deixa-se marinar durante cerca de oito horas, mexendo de vez em quando.O arroz, cozido à parte e escorrido, é adicionado ao preparado. Enchem-se as tripas, depois de muito bem lavadas e esfregadas com limão. Podem ser servidas, após leve cozedura em água temperada com sal, louro e cebola.

domingo, março 12, 2006

Condecorações e braçadeiras no penico



Nos últimos tempos da Segunda Guerra Mundial, Hitler viu-se encurralado no esquema que ele próprio criou.
A Divisão "Leibstandarte Adolf Hitler", do 4.o Exército Panzer SS, a preferida do Führer, embora tendo conseguido penetrar na terceira frente da Ucrânia, não conseguiu, em Março de 1945, transpô-la. Hitler, furioso, ordenou que fossem retiradas as braçadeiras com o seu nome. Os SS devolveram não só as braçadeiras, mas também as suas condecorações - dentro de penicos - e até o braço de um dos seus camaradas mortos, levando ainda a braçadeira proibida.

Curiosidade enviada por João Pedro Silva, 9º A.

Fonte:
http://pordosol.tripod.com/violinos.html

segunda-feira, março 06, 2006

MoSidade Portuguesa






O culto do chefe, do líder, do Salvador da Pátria, assentava numa propaganda activa que ia das lições de Salazar, ao livro de leitura do 1º ciclo, passando pela exposição do mundo português e por um detalhe de um cinto: a fivela prateada com um "S". Oficialmente de Servir no Sacrifício, mas na prática de Salazar, o S prestava-se a muitas piadas ditas em surdina, como esta que se trancreve:

Sou soldado socialista
Sem Salazar saber
Se Salazar soubesse
Seria sério sarilho
.
Era o S da MoSidade...

Levados, levados sim


Criada a 19 de Maio de 1936, a Mocidade Portuguesa, uma organização juvenil, procurava desenvolver o culto do chefe e o espírito militar ao Serviço do Estado Novo. A ela deveriam pertencer jovens, que estariam divididos em quatro escalões etários: os lusitos - dos 7 aos 10 anos -os infantes - dos 10 aos 14 anos - os vanguardistas - dos 14 aos 17 anos - e os cadetes - dos 17 aos 25 anos. Nesta área masculina, o desporto era fundamental.
Em Dezembro de 1937 formou-se então a Mocidade Portuguesa Feminina, na qual os objectivos eram formar raparigas para serem boas mulheres, boas católicas, boas mães e esposas obedientes.
O uniforme era composto por camisa de cor verde, com distintivo sobre o lado esquerdo, calção caqui ou calça comprida de cor bege, colhida por botins pretos, e dólman castanho-claro. Fazia parte da farda o cinto regulamentar com a fivela em forma de «s», que, alegadamente, queria dizer «servir», mas que também podia ser interpretado como referência a Salazar.
Foi a partir de 1971 que a Mocidade Portuguesa foi perdendo importância, sendo extinta após o 25 de Abril de 1974.

Hino da Mocidade:

Lá vamos, cantando e rindo
Levados, levados, sim
Pela voz de som tremendo das tubas,
- clamor sem fim
Lá vamos, (que o sonho é lindo!)
Torres e torres erguendo,
Rasgões, clareiras, abrindo!
- Alva da Luz imortal,
Roxas névoas despedaça
Doira o céu de Portugal!
Querer! Querer! E lá vamos!
- Tronco em flor, estende os ramos
À mocidade que passa!



Curiosidade da autoria de Mariana Pires, 9ºA
Fonte:http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Mocidade_Portuguesa&oldid=1304946title=Mocidade_Portuguesa&oldid=1304946

sexta-feira, março 03, 2006

Saved by the bell



A Inglaterra é um país pequeno e nem sempre houve espaço para enterrar todos os mortos. Então os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados ao ossário e o túmulo era utilizado para outro cadáver. Por vezes, ao abrir os caixões, reparava-se que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado com vida.
Assim, surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira ao pulso do defunto. A tira passava por um buraco no caixão e ficava amarrada a um sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu braço faria o sino tocar. Ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", expressão usada até aos nossos dias.

Curiosidade da autoria de Catarina Vasconcelos, 9º A

Mulheres de Armas


No dia 14 de Agosto de 1385 deu-se uma grande batalha em Portugal, a Batalha de Aljubarrota. Tal como a maioria do povo português, Brites de Almeida, a padeira local, também estava do lado de D. João, Mestre de Avis, e não queria os espanhóis a governar Portugal. Conta a lenda que, depois de Nuno Álvares Pereira vencer os espanhóis nessa batalha, Brites chefiou um grupo de populares que perseguiram os espanhóis em fuga. Nessa noite de 14 de Agosto de 1385, ao regressar, a padeira chegou a casa e encontrou sete espanhóis escondidos no forno onde costumava cozer o pão. Sem hesitar, pegou na pá de levar o pão ao forno e bateu-lhes até os matar, um a um, à medida que saíam do forno. A memória deste feito torna-se um símbolo da independência de Portugal e a pá é ainda hoje o estandarte de Aljubarrota.

Em 1288, o rei D. Dinis casou com D. Isabel de Aragão, que, conta a história, gastava demais nas obras das i
grejas, doações a conventos, esmolas e outras acções de caridade; o rei terá sido informado de tal facto por um nobre, que o convenceu a pôr fim a estes excessos. D. Dinis decidiu surpreender a rainha numa manhã em que esta se dirigia com o seu séquito às obras de Santa Clara e à distribuição habitual de esmolas, reparando que ela tentava disfarçar o que levava no regaço. Interrogada por D.Dinis, a rainha disse que ia ornamentar os altares do mosteiro, ao que o rei insistiu que tinha sido informado que a rainha tinha desobedecido às suas proibições, levando dinheiro aos pobres.
De repente, e mais confiante, D.Isabel respondeu:
-Enganais-vos, Real Senhor. O que levo no meu regaço são rosas, Senhor, são rosas!
O rei, irritado, acusou-a de estar a mentir: como poderia ela ter rosas em Janeiro? Obrigou-a então a revelar o conteúdo do regaço.
A rainha Isabel mostrou perante os olhos espantados de todos o belíssimo ramo de rosas que guardava sob o manto. O rei ficou sem palavras, convencido que estava perante um fenómeno sobrenatural e acabou por pedir perdão à rainha, que prosseguiu na sua intenção de ir levar as esmolas.
A notícia do milagre correu a cidade de Coimbra e o povo proclamou-a Rainha Santa Isabel de Portugal.


Curiosidade
da autoria de
Diogo Pedrosa, 9ºA