D. Pedro IV

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segunda-feira, outubro 20, 2008

SABIAS QUE...


D. Sebastião começou a reinar desde 11 de Junho de 1557, apenas com três anos e meio de idade, e foi logo aclamado rei. Não podendo subir ao trono, por ser menor de idade, foi D. Catarina, sua avó, que governou como regente durante 10 anos. O Cardeal D. Henrique sucedeu-lhe na governação como regente até 1568, ano em que D. Sebastião completou 14 anos de idade e foi declarado maior.
D.Sebastião ocupava o seu tempo em caçadas, exercícios religiosos e na leitura de livros de história, principalmente, da história portuguesa.
Dava-lhe prazer desafiar o perigo. Em dias de temporal, gostava de embarcar nas galés e navegar para fora da barra para, da popa dos navios, observar o mar enfurecido.
Dado a extravagâncias, tomava decisões e tinha atitudes que raiavam a loucura. Conta a História que, durante uma viagem que fez por Portugal, quando fugia da peste de Lisboa, mandou abrir os túmulos dos reis, seus antepassados, deslumbrando-se diante dos que tinham sido guerreiros e votando os pacíficos ao desprezo.
Ignorando os avisos e os conselhos da Corte, organizou uma expedição militar a Alcácer-Quibir, quando o rei Muley Hamed lhe pediu socorro a troco de recompensas, por o rei Muley Moluk , seu tio, o ter expulsado do trono.
Completamente alucinado, mandou pedir a Santa Cruz (Coimbra) a espada de D. Afonso Henriques. Transportando na bagagem uma coroa de ouro para colocar na cabeça quando se proclamasse imperador de Marrocos, partiu a 25 de Junho com uma armada de 800 velas e um exército de 18.000 homens, constituído por soldados de todas as origens.O corpo de voluntários da nobreza era indisciplinado, mas brilhante pela bravura daqueles que o integravam e usava roupas de luxo, impróprias para uma expedição militar.
Em África, as loucuras continuaram: D. Sebastião quis dirigir o exército. Para conquistar Larache, praça do litoral, desembarcou em Tânger a 17 de Julho de 1578, e seguiu por terra, passando por Arzila e Alcácer Quibir. Esta marcha, em Agosto, foi violenta para os nossos soldados, chegarem a Alcácer Quibir mortos de cansaço.
No campo de batalha, mostrou-se forte e, de espada em punho contra o inimigo, embrenhou-se na luta, não se apercebendo da dispersão do exército que comandava.
A pé,empunhando uma espada e todo coberto de sangue, D. António, prior do Crato, indicou-lhe uma clareira por entre os exércitos muçulmanos por onde podia fugir, mas D. Sebastião não lhe prestou atenção. Aconselhado a render-se, respondeu à afirmação "Só nos resta morrer" dizendo: "Morrer, sim, mas devagar". Tentando salvá-lo, um dos nobres pediu a um mouro que lhe tirasse a espada, mas D. Sebastião gritou: "Não, não! A liberdade real só se há de perder com a vida". Cavalgando, desapareceu no meio dos inimigos. Da sua sorte nunca mais se soube.
Ainda hoje, perto de Alcácer-Quibir, na aldeia de Suaken onde se travou esta batalha, também, conhecida, em Marrocos, pela Batalha dos Três Reis, se podem ver três obeliscos construídos em memória de D. Sebastião e dos outros dois reis. A derrota humilhante que o exército português sofreu em Al-Kasr Al-Kebir (Alcácer Quibir), trouxe graves consequências para Portugal. Com o resgate dos cerca de 100 sobreviventes as dificuldades financeiras cresceram.
Em 1582, D. Filipe I mandou sepultar no Mosteiro dos Jerónimos um corpo, que fez passar pelo do rei desaparecido, na esperança de acabar com o mito do sebastianismo, que mandou sepultar num túmulo da Igreja de Belém.
http://www.arqnet.pt/dicionario/sebastiao1rei.html
Curiosidade recolhida por Beatriz Reis, 6.º B

1 comentário:

Anónimo disse...

D.Sebastião podia ter acabado com a indepêndecia portuguesa!!
Ele era muito novo para ir para África, ainda por cima lutar contra os mouros!!!