D. Pedro IV

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sexta-feira, maio 18, 2012

A Restauração da Independência

Em 1637 ocorreu o tumulto do Manuelinho de Évora, um pronuncio do que viria a ocorrer três anos mais tarde, em 1640, com a instauração da casa de Bragança em 1 de Dezembro de 1640, dia da restauração da independência de Portugal. A conspiração de 1640, contra o rei Filipe III de Portugal, foi planeada por um grupo de quarenta homens da nobreza que ficou conhecido como “os Conjurados”, dos quais se destacavam D. Antão de Almada, D. Miguel de Almeida e o Dr. João Pinto Ribeiro. Este grupo de homens acorreu ao Terreiro do Paço no sábado, 1 de Dezembro de 1940, e matou o secretário de Estado Miguel de Vasconcelos, além de aprisionarem a Duquesa de Mântua, prima de Filipe III e a quem este tinha confiado o governo de Portugal. Este momento foi o ideal para esta conspiração, pois o Reino de Espanha estava envolvido na Guerra dos Trinta Anos e estava mais preocupado em vencer a revolta da Catalunha do que propriamente com o território português. Após a restauração da independência, a maior preocupação de D. João IV, o novo rei de Portugal, e dos seus apoiantes passou a ser a consolidação do poder alcançado. Em primeiro lugar, seria necessário que D. João IV fosse reconhecido a nível nacional e internacional como o legítimo rei de Portugal. A nível nacional, isso foi conseguido prontamente com o juramento perante as Cortes de Lisboa, em Janeiro de 1641. Depois, D. João IV enviou vários embaixadores às várias capitais europeias com o objetivo de obter o apoio dos outros monarcas. Esse esforço foi bem sucedido. Mas, o maior problema que se colocava era de natureza militar pois seria de esperar que Espanha voltasse a atacar a soberania portuguesa. Se os espanhóis tivessem atacado de imediato, D. João IV não teria tido tempo para organizar os seus exércitos. Mas, devido à Guerra dos Trinta Anos, enquanto esta não terminou, Espanha não tentou atacar Portugal pois tinha todos os seus meios envolvidos nessa guerra. Assim, D. João IV teve tempo de conseguir preparar os seus exércitos e arranjar os meios necessários para custear os esforços de guerra. Investidas de Espanha Terminada a Guerra dos Trinta Anos, em 1648, os espanhóis passaram a fazer algumas campanhas, de forma esporádica e inconsequente, que os portugueses enfrentaram sem grandes dificuldades, sendo que, a primeira investida séria por parte de Espanha viria a dar-se apenas em 1663 quando já D. Afonso VI era o rei de Portugal. Nessa altura, Portugal perdeu as praças de Évora e Alcácer do Sal. Estes conflitos passaram a realizar-se de forma descontínua e irregular, quase sempre com vantagem para os portugueses. Algumas das batalhas que se realizaram nesse contexto foram a Batalha do Ameixal, em 1663, a Batalha de Castelo Rodrigo, em 1664, e a Batalha de Montes Claros, em 1665. O Tratado de Paz Se considerarmos que esta guerra entre Portugal e Espanha (Guerra da Restauração) se iniciou em 1 de Dezembro de 1640, podemos dizer que durou quase 28 anos, vindo a paz a ser assinada já durante o reinado de D. Pedro II de Portugal, em Lisboa, a 13 de Fevereiro de 1668. Nesse tratado, Espanha reconheceu a título definitivo a independência de Portugal.

Envelhecimento da População

Entre as principais tendências que o Instituto Nacional de Estatística apresentou na publicação Censos 2011 – Resultados Provisórios, destaca-se o agravemento, ao longo da última década, do fenómeno do duplo envelhecimento da população. De facto os dados do Censos 2011 confirmam o aumento da população idosa e a diminuição da população jovem em Portugal, sendo que, actualmente, 15% da população residente em Portugal se encontra no grupo etário mais jovem (0-14 anos) e cerca de 19% pertence ao grupo dos mais idosos, com 65 ou mais anos de idade. O ìndice de envelhecimento da população é de 129, o que significa que por cada por cada 100 jovens há hoje 129 idosos. As regiões que apresentam índices de envelhecimento mais elevados são o Alentejo e o Centro, com respectivamente 179 e 164. As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira apresentam os índices de envelhecimento mais baixos do país, respetivamente, 74 e 91 Nos últimos 30 anos Portugal perdeu cerca de um milhão de jovens, entre os zero e os 14 anos, e ganhou cerca de 900 mil idosos (pessoas com mais de 65 anos).

quarta-feira, maio 02, 2012

25 de ABRIL

Naturalmente que já ouviste falar no 25 de Abril de 1974, mas provavelmente não conheces as coisas como os teus pais ou os teus avós que viveram nesta época. Sabias que o golpe de estado do 25 de Abril de 1974 ficou conhecido para sempre como a "Revolução dos Cravos"? Diz-se que foi uma revolução porque a política do nosso País se alterou completamente. Mas como não houve a violência habitual das revoluções (manchada de sangue inocente), o povo ofereceu flores (cravos) aos militares que os puseram nos canos das armas. Em vez de balas, que matam, havia flores por todo o lado, significando o renascer da vida e a mudança! O povo português fez este golpe de estado porque não estava contente com o governo de Marcelo Caetano, que seguiu a política de Salazar (o Estado Novo), que era uma ditadura. Esta forma de governo sem liberdade durou cerca de 48 anos! Enquanto os outros países da Europa avançavam e progrediam em democracia, o regime português mantinha o nosso país atrasado e fechado a novas ideias. António de Oliveira Salazar Sabias que em Portugal a escola só era obrigatória até à 4ª classe? Era complicado continuar a estudar depois disso. E sabias que os professores podiam dar castigos mais severos aos seus alunos? Todos os homens eram obrigados a ir à tropa (na altura estava a acontecer a Guerra Colonial) e a censura, conhecida como "lápis azul", é que escolhia o que as pessoas liam, viam e ouviam nos jornais, na rádio e na televisão. Antes do 25 de Abril, todos se mostravam descontentes, mas não podiam dizê-lo abertamente e as manifestações dos estudantes deram muitas preocupações ao governo. Os estudantes queriam que todos pudessem aceder igualmente ao ensino, liberdade de expressão e o fim da Guerra Colonial, que consideravam inútil.

1ª de Maio

Todos os anos, no dia 1 de Maio, comemora-se, em todo o mundo, o Dia do Trabalhador. As origens do Dia do Trabalhador não são muito recentes. A história deste dia começa no séc. XIX. Nessa época, abusava-se muito dos trabalhadores, porque chegavam a trabalhar entre 12 e 18 horas por dia, o que era muito cansativo e até prejudicial à saúde! Já há algum tempo que os reformadores sociais (aqueles que propunham reformas, ou seja, mudanças na sociedade) defendiam que o ideal era dividir o dia em três períodos: 8 horas para trabalhar, 8 horas para dormir e 8 horas para o resto, o que incluía a diversão. Foi com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diárias que, no dia 1 de Maio de 1886, milhares de trabalhadores de Chicago (EUA) se juntaram nas ruas para protestar contra as suas más condições de trabalho. A manifestação devia ter sido pacífica, mas as forças policiais tentaram pará-la, o que resultou em feridos e mortos. Este acontecimento ficou conhecido como "os Mártires de Chicago", por causa das pessoas que foram feridas e mortas só por estarem a lutar pelos seus direitos. Quatro dias depois, houve uma nova manifestação pela redução do horário de trabalho e melhores condições. Mais uma vez, a polícia virou-se contra os manifestantes e acabou por prender 8 pessoas, 5 das quais foram condenadas à forca! Como o povo estava cada vez mais revoltado, estas condenações só serviram para "deitar mais achas na fogueira" e despertar a atenção de todo o mundo. Em 1888, dois anos depois destes acontecimentos, os presos foram libertados por um júri que reconheceu que os trabalhadores estavam inocentes. Em 1889, o Congresso Internacional em Paris decidiu que o dia 1 de Maio passaria a ser o Dia do Trabalhador, em homenagem aos "mártires de Chicago". Só em 1890, os trabalhadores americanos conseguiram alcançar a sua meta das 8 horas de trabalho diárias! Em Portugal, devido ao facto de ter havido uma ditadura durante muito tempo, só a partir de Maio de 1974 (o ano da revolução do 25 de Abril) é que se passou a comemorar publicamente o Primeiro de Maio. Sabias que só a partir de Maio de 1996 é que os trabalhadores portugueses passaram a trabalhar 8 horas por dia?